Capítulo V - Razão, verdade (ri) - continuação
Assim, “ri” é usado para se referir à origem de tudo que importa e aos fenômenos – os princípios universais que mantêm a essência de todas as coisas. É o que faz o fenômeno ser o que é. São forças ou trabalhos tão fundamentais que são referidos pelo termo “razão” (ri) em expressões como “recebendo a razão de Jiba”, “recebendo a razão do Parens”, “razão do Sazuke”, e “razão de denominação de igreja.” Talvez poderíamos dizer também que este uso se refere à providência de Deus-Parens que mantém e sustenta o que chamamos de virtude, mérito e eficácia. Quando se diz “sem temer a razão ...”, estamos sendo avisados sobre nossa falha em compreender o verdadeiro significado desta fundamental sustentação provida por Deus ou da profunda intenção de Deus aí embutida, além da nossa tendência em tratar a razão superficialmente ou mesmo negá-la devido ao pensamento humano autocentrado..
A expressão “respeitar a razão” (ri o tateru) é usada para descrever a atitude de fazer seguir o curso correto, de acordo com a intenção de Deus-Parens. A prática de fazer uma oferenda como a expressão do espírito sincero que deseja receber a providência, a virtude e a assistência de Deus-Parens para desenvolver uma atividade ou algo específico é referido, usualmente, como “ri-date” (respeitando a razão)..
Capítulo VI - Razão da Origem (moto no ri)
Como e por que este mundo foi criado? Como e por que os seres humanos foram criados? Qual é o propósito de nossa existência? Filósofos de todos os cantos e todos os tempos, constantemente, têm buscado respostas para as grandes questões sobre o propósito e significado da vida. Deus-Parens nos deu respostas claras, explanando o objetivo divino por trás da existência da espécie humana na História da Criação, chamada também de “Razão da Origem.”
Esta história começa com a frase: “Originalmente, este mundo era um mar de lama...” Por esta razão, a história foi inúmeras vezes chamada de “O Antigo Registro do Mar de Lama.” Ainda, existem manuscritos da história que contém a inscrição “Registro Divino.”
Nenhum de nós tem lembranças da época em que nascemos. Nós sabemos a identidade de nossos pais e a data do nosso aniversário porque aprendemos de nossos pais. Da mesma maneira, não haveria como sabermos sobre o começo da humanidade sem que o Deus Original, Deus-Parens, nos ensinasse sobre os detalhes. Oyassama foi a primeira a nos ensinar sobre a identidade do Parens Original e a intenção de Deus-Parens por trás da criação dos seres humanos. Isto, realmente, faz com que a Tenrikyo seja o derradeiro ensinamento.
Deve-se salientar que a História da Criação é fundamentalmente diferente das típicas histórias sobre a criação existentes, descrevendo sobre a criação dos seres humanos. A “Razão da Origem” – a história detalhando as circunstâncias e significados subjacentes do início da criação – não foi ensinada meramente para nos prover de conhecimento do passado, mas sim, para nos ajudar a compreender o significado por trás da atual situação e nos mostrar a direção correta para a qual a humanidade deve avançar em direção ao futuro.
Através da “Razão da Origem”, podemos compreender o seguinte:
A identidade do verdadeiro Parens original da humanidade e do mundo.
A intenção do Parens na criação dos seres humanos – o significado e propósito da vida.
A providência de Deus-Parens que faz com que a vida humana seja possível – a razão do corpo humano como coisa emprestada e tomada emprestada.
Os detalhes de como a humanidade veio a se tornar neste presente estado e forma para a qual nós deveríamos avançar em direção ao futuro.
Ainda, a “Razão da Origem” nos ensina claramente os seguintes pontos importantes:
A razão deste Ensinamento foi iniciada por Oyassama, como sacrário de Deus-Parens.
O significado da data e local da revelação do Ensinamento.
O significado do Serviço do Kagura como ponto fundamental para salvar toda a humanidade e a profunda correspodência existente e apresentada pelo Serviço.
Cap. VII - Onde não havia modelo (monkata-nai)
Frequentemente vemos a citação da frase “os seres humanos e o mundo foram criados onde não havia modelo algum.” Esta não apenas sugere a falta de modelo ou forma, mas até mesmo a falta de um exemplo de formação ou um modelo que poderia servir como base para a criação de uma forma reconhecível.
Foi-nos ensinado que, no início, o mundo era “um mar de lama.” O início era parecido com um “caos.” Foi-nos dito que o estado do mundo era um caos disforme onde nada era distinguível. Não havia distinção entre céu e terra, oceano e solo, ou água e fogo. Por não ter existido nada em forma alguma que possamos imaginar, podemos descrever este estado como um mundo de nada. Entretanto, esta condição não era um “nada” em seu estado puro, mas sim, a essência de todas as coisas. As providências de Deus-Parens, que são a origem da vida, permaneciam sem forma aparente, em estado de efervescência, ou seja, pode-se dizer que era um “existência absoluta”.
(continua na próxima edição)