Desde que fui orientado por Deus-Parens, buscava na minha adolescência as respostas para as minhas dúvidas. Não só nas coisas pessoais, mas também as relativas à sociedade. Cada vez que ia crendo nos ensinamentos, sofria com as contradições da realidade.

Diariamente Deus-Parens mostrava os fatos, em todos os momentos, mas não conseguia compreender satisfatoriamente com as minhas reflexões e, assim, por consequência disso, ficava cansado, estressado e nervoso, perdia a segurança no trabalho da salvação, lamentando-me em várias ocasiões. Com tudo isso, pude sentir a minha falta de virtude e experiência; e, já se passaram oito anos desde quando assumi como condutor de igreja. No entanto, ainda continuo buscando as respostas.

O ensinamento da Tenrikyo não é apenas para os seguidores, é o ensinamento para salvar todas as pessoas do mundo. E a vida-modelo de Oyassama não é algo decorativo ou para referência para citações em palestras das cerimônias mensais. Não são poucos os seguidores que fazem do ensinamento algo paralelo à sua vida diária e, ainda, sentem a doutrina muito estreita e obrigatória. Digo que corremos grandes riscos.

Creio que, confundindo a liberdade espiritual concedida por Deus-Parens, as pessoas caminham egoisticamente, formando as cogitações humanas. Mas, como num processo, para os seres humanos terem a vida plena de alegria e felicidade, Deus-Parens veio confiando neles com profundo amor.

A liberdade do espírito é o ponto determinante para a felicidade ou infelicidade. Não há algo mais valioso do que isso. Por isso, a função do espírito é sumamente rigorosa e precisamos despertar que somos conduzidos e protegidos de acordo com esta razão. Por termos liberdade espiritual, podemos pensar e fazer qualquer coisa!

Esse pensamento errôneo e supérfluo surge por não ter estudado a grandiosidade da forca do espírito. Deus-Parens vivifica o nosso corpo e recebemos o seu constante trabalho onipotente. E, desde a origem da humanidade, Deus tem deixado o uso espiritual sob a responsabilidade de cada um. Ainda, de acordo com o uso espiritual, Deus trabalha com profundo amor e esta gratidão é de ilimitada emoção. Assim, podemos sentir a nossa profunda responsabilidade. 

Posso dizer que cada um tem as qualidades diferentes e sobre o grandioso e ilimitado trabalho de espírito, temos o seguinte verso nos Hinos Sagrados:

“Aquilo que se diz espírito humano é algo que não se compreende facilmente.”     (HS X-1)

Conforme este verso, ao refletirmos sobre a força e o trabalho da liberdade do espírito, sob os aspectos do ensinamento, ficaremos extremamente impressionados quanto à profunda proteção de Deus-Parens. Em outras palavras, as coisas que fazemos e pensamos consciente ou inconscientemente, sem um mínimo de erro, somos protegidos conforme a razão divina. Recebemos conforme esta razão por tudo que acontece. 

Na Escritura Divina consta: 

“Nas palavras de Deus, que iniciou este mundo, não existe absolutamente um mínimo de erro.” (ED I-43)

Na razão divina não há um mínimo de erro. Se os seres humanos, por sua vez, não se corrigirem e corresponderem de acordo com a razão divina, não será possível usufruir da vida plena de alegria e felicidade e não terá significado acreditar em Deus-Parens.

Todos nós devemos estudar ainda mais a doutrina, ouvir as explanações da razão divina e trazer o ensinamento para perto de nossa vida diária. Esforçando-nos para isto, encontraremos a verdadeira fé e teremos condições de compreender a própria predestinação. 

Desejar compreender a razão das coisas é deixar o orgulho de lado, isto é, as cogitações egoísticas, os vícios e hábitos; é estudar a razão divina, crer no plantio para acumular a virtude e se esforçar para que as más predestinações não se manifestem.       (Jaks Koji Otonari)