631 2024.jan meu cotidiano
amo ser tenrikyo
Erly Satsuki Nakamura Sturgis
Meu nome é Erly Satsuki Nakamura Sturgis. Sou fiel e yoboku da Igreja São Paulo, filiada ao Dendotyo. Sou a primeira geração da Tenrikyo, religião que conheci através do Rev. Shigueru Kashihara, dono da floricultura onde minha família trabalhava. Sou designer gráfico e, também, designer floral.
Quando eu morava em São Paulo, sempre ia ao Dendotyo, onde fazia o arranjo de flores para a Oyassama. Também ajudava na diagramação/editoração das publicações da Tenrikyo do Brasil. Atualmente moro em Nova York, nos Estados Unidos, e, infelizmente, já não consigo ajudar mais nos arranjos florais, mas, graças a modernidade tecnológica, continuo na parte da diagramação. Daqui, diagramo o Jornal Tenri todo mês, hinokishin que adoro, e que também me deixa próxima da Tenrikyo do Brasil.
Em 2018, quando mudei para Nova York, logo procurei saber onde tinha igrejas da Tenrikyo. No bairro Flushing, tem o New York Center, que é uma casa de missionamento. Eu e meu marido fomos visitar no dia da cerimônia mensal. Fomos super bem recebidos e reencontrei com pessoas que conheci em Jiba.
Pela lei da cidade de Nova York, o registro de casamento somente é válido se houver uma validação religiosa. Na própria prefeitura, existem várias capelas, onde se escolhe a data e o clérigo preferido (Nova York é considerada a cidade com a maior diversidade étnica/linguística do mundo). Conversei com meu noivo se ele aceitava se casar na Tenrikyo. Devido aos trâmites de documentação para o Greencard precisávamos fazer a cerimônia o mais rápido possível. Fomos ao New York Center, conversamos com o rev. Jiro Mihama, responsável na época, que prontamente se dispôs a nos ajudar.
Todos nos ajudaram, com os kimonos, cerimônia e tudo mais. Naquele momento, senti o amor de Deus-Parens e Oyassama, recebemos a graça de tudo correr bem, e meu greencard saiu em 6 meses.
Meu marido fez o koshu de três dias no NY Center para conhecer sobre a Tenrikyo. Aprendeu sobre a Oyassama, hinokishin, doutrina, serviço sagrado. Todos os meses, realizamos a cerimônia mensal em casa (kosha matsuri) e participamos da cerimônia mensal do NY Center, onde também sou escalada nos instrumentos femininos.
O NY Center tem uma publicação mensal “Progress” no qual ajudo no tratamento de imagens.
Também faço parte da comissão do Livro Comemorativo dos 70 Anos da Associação Feminina da Tenrikyo dos Estados Unidos como designer gráfico e tratamento de imagens.
Trabalho em uma luxuosa floricultura (Jerome Florist Inc.) como designer floral. Quando fiz o teste, vi que a vaga estava sendo disputada por inúmeras pessoas. Quando terminei os arranjos e bouquet do teste, o presidente da empresa me perguntou: “Quando você pode começar?” Senti mais uma vez, o amor e proteção de Deus-Parens e Oyassama. Fui me adaptando ao estilo e ao idioma, e, veio a Covid, que me deixou em casa por quase dois anos. Mesmo não trabalhando, tive ajuda financeira da empresa por todo esse período.
Graças à minha experiência com flores, o reverendo Issamu Ryono, da Igreja Meishin America, daqui de NY, perguntou se eu podia dar workshop de arranjos florais em sua igreja. Assim, todos os meses, nos reunimos com algumas fiéis e pessoas da vizinhança. Além de ser divertido, acredito que esse hinokishin é uma ótima forma de espargir a fragrância do Ensinamento. Após um ano, uma das participantes reverenciou a cerimônia mensal do NY Center. Isso é muito gratificante.
Daqui de NY, continuo trabalhando como designer gráfico para meus clientes que estão no Brasil: Ateliê do Pano, Flor Expressão, Alkimia, Obatyan Lamen House, Studio Moisés, RunerWines.
Estamos entrando no segundo ano dos três anos, mil dias.Quero continuar me dedicando na divulgação, ao hinokishin, ajudando as pessoas, tendo a gratidão pelo corpo emprestado, como nos foi ensinado por Oyassama.