643 2025.jan_jiba
entrevista de ano-novo
Tenri Jiho
Ao alvorecer do novo ano, chegamos ao ano 188 da RD (2025) e inicia-se o terceiro ano dos três anos, mil dias visando a celebração dos 140 anos do ocultamento físico de Oyassama. As igrejas e os yoboku vêm avançando os passos para a evolução espiritual e a concretização das metas determinadas.
Pergunta: Chegamos ao último ano das atividades decenárias. O Shimbashira, em sua saudação de início de ano, no ano passado, disse que “três anos, mil dias é o período de real desempenho, e não preparatório”. Por favor, explique sobre o significado do dia do decenário e a forma de interpretar os três anos, mil dias, que chegou ao último ano.
Resposta: Relembrando os decenários de Oyassama, até o centenário do ocultamento físico de Oyassama, vinha-se desenvolvendo as atividades dos três anos, mil dias definindo o período de celebração do decenário de 24 dias, entre 26 de janeiro e 18 de fevereiro. Como resultado disso, penso que ficou atrelado o modo de interpretar que “o período de celebração do decenário era o período de desempenho real”. No entanto, atualmente, a celebração do decenário de Oyassama tem sido realizado limitando-se a um dia, 26 de janeiro. Por conseguinte, o Shimbashira tem reforçado que o período de desempenho real são os três anos, mil dias visando o dia do decenário. O período de três anos, mil dias, que é o de desempenho real, encerra-se neste ano. Por não ser possível estender o dia do decenário, após refletir bem como trilhar, desejo reiterar mais uma vez, no início de ano, a determinação de dedicar-se firmemente neste ano de conclusão.
Por outro lado, creio que a evolução espiritual do yoboku ou o aprimoramento das atividades da igreja não são coisas que se conquistam em um ou dois anos. Nas Indicações Divinas, tem-se incentivado a trilhar com esforço os três anos dentre os dez anos. Dez anos é um período que se repetirá novamente. Por isso, deve-se interpretar estes três anos, mil dias como um nó que ocorre uma vez a cada dez anos. Ainda, deve-se refletir sobre a forma de caminhar e acumular esforços de modo que se torne um marco para a igreja e para o yoboku. Além do nó do decenário de Oyassama, também existe o nó de cada um. Considerando isso, desejo que valorizem a esta época oportuna olhando com uma visão ampla.
P. Na Grande Cerimônia de janeiro do ano passado, o Shimbashira enfatizou: “No período dos três anos, mil dias, o importante é se mover.” Por favor, explique o seu pensamento a respeito da forma de trilhar do yoboku neste último ano.
R. Primeiramente, desejo acatar firmemente aquilo que o Shimbashira instruiu pessoalmente a sua saudação na grande cerimônia.
Creio que, sendo uma pessoa que costumeiramente faz uma determinação espiritual individual, sabe bem que, se concretizar, poderá apreciar a grande graça e a imagem da alegria. Para essas pessoas, o importante é fazer de toda e qualquer forma as coisas que devem ser feitas agora até o final.
Por outro lado, acredito que há também pessoas que não puderam se dedicar suficientemente nesses dois anos e, também, aquelas que se atrasaram na partida e tenham dúvidas sobre o que fazer daqui em diante. Mas o Shimbashira apresentou na Instrução 4 aquilo que deseja do yoboku.
Em plena atividade decenária, acredito que todos estejam lendo a “Instrução”. Mas como uma pessoa que acata a “Instrução”, desejo que reflitam: O que o Shimbashira está desejando de mim, e não de nós, através da “Instrução”? E, em meio a repetidas leituras da “Instrução”, havendo um ponto marcante para você, pratique isso obedientemente. Para algumas pessoas, pode ser que isso requeira uma firme decisão espiritual, mas pode ser que para outras, isso seja o mínimo que pode fazer.
Por ser diferente a situação de cada um, como idade e posição, basicamente cada um deve pensar em como se mover. Tomando como dica aquilo que aprendeu participando do “Dia de atividade de todos os yoboku” ou dos conselhos e recomendações do condutor da igreja e amigos da fé, deve-se pensar naquilo que você pode fazer. O importante é se mover o máximo possível.
Ainda, no ano passado, por ocasião da metade dos três anos, mil dias, falei sobre “reconsiderar a determinação das metas”. Nas atividades decenárias, nesta oportunidade, cada um, determinando as suas metas, tem trabalhado efetivamente. Desejava que, relembrando as ações de até então e visando a segunda metade, tivessem a oportunidade para reconsiderar as metas: “Acho que posso me esforçar um pouco mais”. Na divulgação e na salvação, o resultado não é tudo. Resultado é importante, mas é uma consequência. Primeiro, é dirigir palavras decididamente; é ministrar o Sazuke; é avançar um passo a partir da situação; e é dedicar a sinceridade ao máximo. Penso que isso vem a ser o sentido de se mover.
P. Qual prática de fé devemos ter em mente quando é requerida uma maior ação prática?
R. O Shimbashira, na saudação da Grande Cerimônia de outono do ano passado, expressou: “No dia do decenário, independentemente se regressar ou não a Jiba, que possa chegar a esse dia com espírito alegre.” Para chegar com espírito alegre nesse dia, o importante é a forma como trilhou os três anos, mil dias. Anteriormente, no desejo de regressar a Jiba no período decenário, via-se muitos esforços para organizar caravanas de regresso para reverência. No entanto, desta vez, por ser apenas um dia, inevitavelmente haverá pessoas que não conseguirão regressar. Mas, como atualmente os meios de transporte estão desenvolvidos, desejo que, neste período de um ano, regressem a Jiba repetidas vezes. Certamente Oyassama ficará contente.
Ainda, nesta época, desejo que regressem a Jiba acompanhando as pessoas, sem falta. Convidando as pessoas, vamos acompanhá-las até Jiba. Contudo, nesse meio, deve haver também pessoas com dificuldades de regressar. Nesses casos, conforme há na “Instrução”, vamos à igreja reverenciar ativamente.
P. Na entrevista de abril do ano passado, o senhor mencionou que o entusiasmo das igrejas resulta no entusiasmo de Jiba. Será que o terceiro ano corresponde a essa época?
R. Não posso afirmar precipitadamente porque os três anos, mil dias são consequências do acúmulo de esforços.
Costuma-se dizer que o 1º ano é a partida, o 2º ano é de impulso intermediário e o 3º ano é de conclusão. Essa afirmação torna-se válida quando se tem trilhado firmemente o dia a dia desde a partida. Mas para a pessoa que se levantou finalmente no 3º ano, não será de conclusão.
De qualquer forma, como o término das atividades decenárias está definido, creio que deve surgir o entusiasmo, a imagem animada das igrejas.
Apareceram muitas pessoas que falaram sobre o decenário, ouviu-se vozes de seguidores desejando fazer caravana de reverência a Jiba, tornou-se comum ver cenas de ministração de Sazuke também nas igrejas. entre outras. Assim, surgindo ações nas igrejas, a seguir, inevitavelmente, surgirão ações de retribuições pelas graças, resultando também no ânimo de Jiba. No último ano das atividades decenárias, vamos todos nos esforçar em união espiritual, visando o dia do decenário, animando-se e comunicando-se mutuamente.
(Tenri Jiho de 1º de janeiro do ano 188 RD)