Capítulo XIV - Derradeiro ensinamento (continuação)
De fato, após terem sido instruídos nove décimos dos ensinamentos, enfim, foi- nos revelado o derradeiro ensinamento, a última verdade ainda não revelada. Ou seja, ao nos mostrar a identidade do Parens original, forneceu- nos a convicção de que todos os seres humanos são seus filhos e despertou-nos para a verdade de que somos todos irmãos. E com o sentimento de fraternidade e amor, incentivou-nos a remodelar o mundo naquele em que Deus e seres humanos desfrutem um círculo familiar da vida plena de alegria e felicidade.
Por essa razão, este ensinamento é chamado de “último ensinamento” e dito como “derradeiro ensinamento”. O termo “último” não se refere apenas ao último em ordem cronológica, mas pode ser entendido como o ensinamento mais essencial e absoluto para a humanidade - um ensinamento do qual não pode haver nada mais profundo ou fundamental. Este ensinamento é, de fato, o verdadeiro Caminho que pacificará este mundo.
Capítulo XV - Somos todos igualmente irmãos
Todas as pessoas do mundo são igualmente irmãos, não há quem seja estranho. (ED XIII-43)
Esse é o verso 43 da Parte XIII da Escritura Divina, Ofudessaki, escrita pela própria Oyassama, com sua própria mão. Ele é um verso auto-explicativo e tem um significado absolutamante claro para todos nós.
Hoje em dia é comum ouvirmos as pessoas dizerem: “O mundo é um só. Os seres humanos são todos irmãos.” A crueldade da guerra, o número crescente de catástrofes, tanto naturais quanto causadas pelo homem, bem como o esgotamento dos recursos da terra, fez com que as pessoas compreendessem que, se continuarmos a lutar entre nós neste pequeno planeta, certamente, abreviaremos a extinção da raça humana. O apelo à ajuda mútua tem aumentado gradualmente em força, junto com o sentimento de que estamos de alguma forma conectados como irmãos que compartilham um destino comum. Contudo, por mais que se proponha essa ideia a partir de um senso de crise iminente ou como uma afirmação idealista dizendo “vamos pensar assim”, as pessoas não costumam seguir adiante tão facilmente.
No entanto, o que chamamos de “somos todos igualmente irmãos” significa que Deus-Parens, fonte da vida humana e origem deste mundo, é o verdadeiro Parens, e que todos os seres humanos são, como filhos de Deus-Parens, igualmente irmãos. Não se trata simplesmente de uma “forma de pensar” do tipo “se pensarmos assim, a sociedade ficará mais pacífica”, mas sim, de um fato absoluto e incontestável.
Após a criação do mundo e dos seres humanos, Deus-Parens ensinou e guiou de diversas maneiras, conforme o nível de maturação espiritual das pessoas. No entanto, até o dia 26 de outubro de 1838, data prometida, não pôde ser revelado o último ensinamento, ou seja, a verdade sobre o verdadeiro Parens. Foi somente então que aprendemos sobre a fonte da vida, o verdadeiro Parens que até hoje sustenta a nossa existência, e que todos neste mundo são filhos de Deus-Parens.
Portanto, não importa quanto sejamos diferentes uns dos outros, seja pela cor da pele ou pelo comportamento social, somos todos igualmente irmãos. Por isso, devemos nos ajudar mutuamente. Nós devemos trabalhar juntos para que todas as pessoas possam desfrutar a vida plena de alegria e felicidade.
Para tanto, vamos começar pela nossa comunidade. Como realizar o grande ideal da vida plena de alegria e felicidade se não estivermos preparados para trabalhar com as pessoas em nossa comunidade? Já que viemos aprendendo que todas as pessoas são igualmente irmãos, vamos tomar a iniciativa para cooperar de acordo com este ensinamento. Essa é a maneira para que mais pessoas possam desfrutar a alegria de viver, juntos, como irmãos.
Capítulo XVI - Amar, respeitar e ajudar uns aos outros
Todas as pessoas do mundo são filhos de Deus- Parens e, por esta razão, são todos igualmente irmãos. Deus-Parens criou o mundo e os seres humanos pelo desejo de ver-nos levando a vida plena de alegria e felicidade, amando, respeitando e ajudando uns aos outros, e ter o prazer de compartilhá-la junto. Portanto, respeitar uns aos outros, valorizar o próximo e viver ajudando-se mutuamente pode ser considerado o modo de vida mais fundamental do ser humano.
No entanto, há pessoas que interpretam mal essa ideia de “ajudar uns aos outros” e pensam: “Já que é para nos ajudarmos mutuamente, se eu ajudo alguém, essa pessoa também tem a obrigação de me ajudar em troca”, passando a exigir fortemente uma retribuição do outro. Porém, Deus-Parens nos ensina que a expressão “ajudar uns aos outros” é como uma orientação que um pai dá aos filhos, dizendo: “Vocês são irmãos, então ajudem-se uns aos outros.” Ou seja, para nós que ouvimos essas palavras, o importante não é pensar: “então vamos ajudar de forma justa, cada um retribuindo o outro de maneira igual”, mas sim: “Eu vou ajudar aquela pessoa, vou me dedicar a ela com sinceridade.” O que é essencial não é uma ajuda que exige algo em troca do outro, mas sim, a sinceridade de se dedicar inteiramente ao próximo.
(Continua na próxima edição)