Leonel Diogo Muroi
Meu nome é Leonel Diogo Muroi (Léo). Eu sou analista de Recursos Humanos e trabalho com treinamento e desenvolvimento no SEBRAE. Faço parte da 3ª geração da família Muroi na Tenrikyo. Minha avó, Mitsuko Yoshioka Muroi, foi a primeira condutora da nossa Casa de Divulgação Seiko (Igreja São Paulo) e a base do aprendizado de toda a família.
Tenrikyo sempre esteve presente na minha vida. Mas, confesso que nem sempre estive presente na Tenrikyo. Quando criança, não entendia muito bem o motivo do Serviço e da cerimônia mensal na igreja; basicamente ia brincar no parquinho. Quando ingressei no Koteki, passei a participar mais das atividades e, sem perceber, os ensinamentos foram sendo enraizados.
Já adolescente, aos 15 anos, sem motivo aparente, me afastei do Caminho. Depois, aos poucos, voltei; porém, ainda sem entender bem a conexão do ensinamento com o meu propósito de vida. Desta forma, meu comprometimento era bem raso.
Nesses momentos, Deus nos concede orientações que nos fazem refletir, seja pelo amor ou pela dor.
O momento mais difícil da família foi o retornamento (falecimento) da minha avó, e o meu pai, Makoto, sucedeu a casa de divulgação. Quatro meses depois, minha avó materna também veio a retornar. E, depois de quinze dias, meu pai foi diagnosticado com câncer.
Com tantos acontecimentos ruins, comecei a duvidar da existência de Deus.
Meu pai iniciou o tratamento oncológico, mas, a doença não dava sinais de melhora. Meu pai tinha o dom da mediunidade e sempre estava disposto a ajudar quem precisasse. Então, mais uma vez eu indagava: “Será que Deus existe?”
Certo dia, minha prima fez a visita ao meu pai. Ela também tinha o dom da mediunidade e recebeu a nossa saudosa avó. Imediatamente fechou os olhos, juntou as mãos e começou a fazer o Serviço. Em seguida, segurou as minhas mãos e disse: “Obrigado!”
Neste momento, pensei: “Se a minha avó, que já retornou, continua ‘amparada’ em Deus, não há razão para eu desacreditar de Deus.”
Meu pai retornou alguns dias depois, deixando uma mensagem de paz, bondade e de missão cumprida.
Há alguns anos, conheci a minha esposa, Pollyanna. Nos casamos na Igreja São Paulo e, como forma de gratidão a Deus, fizemos algumas melhorias na igreja. O parquinho que marcou minha infância também foi reformado. As doações recebidas em nosso casamento foram destinadas para uma instituição que dá suporte a crianças em tratamento contra o câncer.
Hoje, temos o altar em nossa residência, dedicando- nos diariamente ao Serviço, e fizemos a determinação de regressar a Jiba, para recebermos o dom do Sazuke.
Ainda, sempre que possível, faço campanhas para ajudar as pessoas. No Natal do ano passado, arrecadamos doações e convertemo-las em presentes para as crianças de Casas de Acolhimento, em Mogi das Cruzes/SP. Levamos também as crianças no Habib’s. Foi a primeira vez que elas saíram para comer esfiha e se divertiram muito no playground de lá.
Nas minhas campanhas, conto sempre com o apoio dos meus amigos, familiares, fiéis da Igreja São Paulo e da Regional Alto Tietê. As doações das campanhas são destinadas a ONGs que apoiam famílias carentes de pacientes em tratamento de saúde, casas de acolhimento e pessoas em situação de vulnerabilidade social nas ruas.
Muita gratidão por ter a Tenrikyo na minha vida!