Robinson Tatsuji Hirata
Faltam menos de 150 dias para a celebração dos 140 anos do ocultamento físico de Oyassama. Na Instrução 4, o primaz mundial orientou:
“Hoje, na sociedade, transbordam atitudes momentâneas e egoístas que não levam em consideração o próximo. As pessoas confiam demasiadamente nas próprias forças e são levadas pelas próprias cogitações humanas, vagando na escuridão do espírito.”
Hoje, vivemos em um mundo onde muitas pessoas fingem possuir virtudes, sentimentos ou crenças que, na verdade, não possuem.
Ainda, na Instrução 4 é citada a seguinte Indicação Divina:
“Se não trilharem o caminho da vida-modelo, não será necessária a vida modelo. (...) Não há outro caminho a não ser o da vida-modelo.”
Posso afirmar que se tivesse a oportunidade de viver minha vida toda de novo, eu não mudaria nada. Porém, refletindo sob o ponto de vista do ensinamento, tanto da Escritura Divina como da Vida-Modelo, há a necessidade de mudar a conduta, pois tudo está direcionado para o próprio espírito, ou seja, reflete a conscientização do próprio estado espiritual em relação às pessoas, próximas ou não.
Sempre que se sugere a necessidade de uma mudança na vida, devemos fazê-la, custe o que custar. É preciso coragem e determinação para iniciar um novo processo, visto que toda mudança provoca um certo grau de trabalho e adaptação a curto, médio ou a longo prazo. Porém, só deve haver mudança naquilo que realmente precisa mudar; caso contrário, será uma mudança desnecessária.
As coisas que estão caminhando bem e gerando benefícios a todos devem permanecer como estão, passando apenas por melhorias, aperfeiçoamento e adaptações. Se for necessária uma mudança, devemos fazê-la para melhor.
Se toda mudança trouxer benefícios mútuos, seja no seio familiar, no estabelecimento de ensino, na empresa ou na própria comunidade, essa sim, poderá ser chamada de uma mudança necessária, benéfica e concreta.
No entanto, às vezes, sentimos a necessidade de mudanças em si próprio e na própria vida. Para tanto, são necessários um reconhecimento e uma aceitação pessoal de que algo realmente carece de ser transformado em nós, em relação à nossa conduta, pensamentos, palavras e ações.
No livro Doutrina de Tenrikyo, capítulo VI - Orientação, temos:
“No curso que Tsukihi avista gradualmente, por existir um caminho temeroso e perigoso, (EDVII-7)
Tsukihi está preocupado e pensando em informar urgentemente esse caminho. (ED VII-8)
Deus-Parens apiedado com seus filhos que vagueiam pelos caminhos perigosos sem saber nem perceber, ensina a respeito do Parens Verdadeiro, transmite a sua intenção de fazê-los levarem uma vida plena de alegria e orienta, mostrando-lhes sinais no corpo e no estado de coisas em forma de enfermidades e outros problemas, para que todos percebam e reformem os erros espirituais resultantes das cogitações humanas.”
A partir do momento em que percebemos a necessidade de uma transformação em nossas vidas, buscando o caminho da fé, sentindo as graças divinas, realizando algo para o bem-estar da sociedade, correspondendo assim à intenção de Deus-Parens, entenderemos que mudar é preciso.
Ao purificar o espírito através da verdade do ensinamento, compreendendo e tendo gratidão pelos benefícios recebidos do Céu, tornando-se uma pessoa que saiba aceitar e se contentar com todas as coisas e pessoas, já estará no caminho da mudança. Se conseguir levar uma vida de maneira correta, seguindo a razão celeste, verá que os sofrimentos e as preocupações do dia a dia virão a ser resolvidos, e aceitará as enfermidades e os sofrimentos físicos e circunstanciais como lições de Deus; tudo para estimular a própria evolução espiritual.
O que nos diferencia das outras pessoas... São nossas atitudes frente a diversas situações!
Então, dê graças a Deus por tudo, com alegria; seja grato de coração!
Se depender de você para mudar, mude!
Quando o dia começar... agradeça!
Quando o dia terminar... agradeça!
Seja grato a tudo!
*é yoboku da Igreja Guaimbê