Edison Antonio dos Santos
Olá, vocês estão bem? Uma simples e informal saudação que vinda do coração nos carrega de ânimo e energia para tornar o dia ainda melhor.
Unir as mãos em reverência a Deus-Parens e Nossa-Mãe, Oyassama, também nos enche de alegria e satisfação para espargir a fragrância da fé sob forma de saudação aos nossos irmãos, afinal, somos todos filhos perante Deus.
Outubro foi muito importante para todos nós, tenrikyanos, pois celebramos os 188 anos da revelação divina que nos apresentou o ensinamento de Oyassama. Também, tive a oportunidade de regressar à Sede Missionária, Dendotyo do Brasil, e, juntamente com a irmandade da sub-regional Pinheiros, participamos da Assembleia da Associação dos Fiéis.
No tablado superior do recinto de reverência, perante o altar de Deus-Parens, participamos do Ensaio do Serviço Sagrado, realizando a Dança das Mãos do Hino VII. Foi maravilhoso e gratificante.
Na minha jornada religiosa, ouvi que regressar à Terra Parental é uma dádiva maravilhosa; maior ainda se puder conduzir um acompanhante para se tornar missionário, instrumento de Oyassama. Para o próximo decenário de Nossa-Mãe, Oyassama, ainda não programei o meu regresso a Jiba, mas na caravana de regresso à Sede Missionária, coloquei em prática o preparativo de regressar com um regressante à Terra Parental. Assim, pude conduzir um primo de primeiro regresso ao Dendotyo e me senti imensamente grato em poder acompanhá-lo. Foi, também, como se recebesse uma injeção de ânimo para estender o convite a novas pessoas.
Ouvindo a percepção de meu primo, ele disse que “conheceu uma comunidade que, a iniciar do ambiente, já transmite satisfação. Pessoas que, mesmo sérios, estão sorrindo e causam estranheza. No começo, senti as pernas bambas. Porém, quanto ao relacionamento, principalmente com os idosos, o respeito se iguala ao tratamento dado no recinto de reverência. Quanto a educação e respeito dos adolescentes, foi algo que lhe chamou muita atenção. E quanto à culinária, nem é preciso falar, o mesmo respeito que se dá ao ser humano, também se transfere aos alimentos. E, foi maravilhoso poder assistir ao culto, que tem uma liturgia bastante diferente ao que sigo. Mas, acima de tudo, me senti em casa!”
Contudo, mesmo estando totalmente à vontade, acreditou que sua presença causou um ar de interesse e desconforto para alguns. Houve um garotinho que arregalou os olhos em sua direção, tentando entender os seus emaranhados de cabelos, “dreads”, e assustado buscou o braço da mãe. Mas ela, por sua vez, apertou-lhe as mãos carinhosamente, abraçando-o, dizendo: “Filho, ele é nosso irmão! Todos nós somos irmãos um dos outros!”
O garoto lhe olhou com olhar menos esbugalhado, deixou transparecer um leve sorriso. Após, a mãe saiu com a face avermelhada de vergonha, transparecendo pedir desculpas pela inocência do filho. Foi um episódio muito engraçado, onde até mesmo os mais idosos tiveram a liberdade para expressar suas curiosidades.
Meu primo complementou dizendo que se sentiu à vontade por estar diante de uma comunidade linda e organizada, e prometeu retornar no próximo evento.
Pensando bem, pelo comodismo, pensamos apenas em cumprir nossas metas e obrigações, fazendo o que nos foi determinado para sentirmos satisfeitos com sentimento de missão cumprida. Porém, através desta experiência, guardar o tesouro nos traz riqueza, mas, multiplicar, compartilhando com o próximo, nos engrandece; isso é louvável!
Nem acredito que um simples convite representou tanto para mim. Pude vivenciar a razão de conduzir e a gratidão pelo espírito de satisfação.
Desejo multiplicar os convites, estendendo a amigos e parentes. Todos, certamente, serão bem-vindos!
O decenário dos 140 anos do ocultamento físico Oyassama já está aí. Vamos presenteá-la através do regresso a Jiba, mas, desta vez, acompanhados de uma pessoa gentil, a exemplo do meu primo! Bora?
*condutor da Casa de Divulgação Hakuei Raizes (Igreja Rikuhaku Osasco)