Primaz Alexandre Kaoru Murata
Acabamos de realizar animadamente a Grande Cerimônia de outubro da Sede Missionária, Dendotyo do Brasil, juntamente com grande número de pessoas. Muito obrigado pela reverência no dia de hoje. Ainda, ontem pela tarde, tivemos a Assembleia Geral da Associação Yonomotokai do Brasil, a última assembleia antes dos 140 anos do ocultamento físico de Oyassama, e acredito que foi um momento muito oportuno para podermos refletir uma vez mais sobre a importância do decenário, a fim de nos prepararmos para a sua celebração. Ainda, de noite, houve o Festival Tenri Matsuri, e creio que foi bem animado, pois muitas pessoas estiveram presentes para participar. A partir deste momento, farei a palestra da grande cerimônia. Portanto solicito a atenção de todos por mais alguns minutos.
Como é do conhecimento de todos, o mês de outubro tem um significado muito importante para nós. Isto porque, no dia 26 de outubro do ano de 1838, a Oyassama ficou estabelecida como sacrário de Deus-Parens e, a partir daí, a Tenrikyo teve início. Ainda, essa revelação divina não ocorreu por acaso, pois houve a coincidência das três predestinações: “predestinação da alma de Oyassama” (predestinação da pessoa), “predestinação da Residência” (predestinação do lugar) e “razão do tempo predeterminado” (predestinação do tempo). Por conta disso, na Sede da Igreja, a Grande Cerimônia de Outono é realizada no dia 26 de outubro e recebendo essa razão, com exceção de janeiro, a cerimônia mensal é realizada no dia 26 de todos os outros meses. Ainda, recebendo a permissão da razão de Jiba, a Grande Cerimônia de outubro desta sede missionária está sendo realizada no dia de hoje.
Em maio, na saudação após a palestra da cerimônia mensal, já havia comentado sobre isso, mas este ano faz exatamente 150 anos desde a identificação de Jiba. No dia 26 de maio de 1875, data conforme o calendário lunar, foi revelado o ponto onde fica a Jiba da origem. Os detalhes a respeito do assunto estão registrados no capítulo 6 da “Vida de Oyassama - Minuta”, mas hoje, gostaria de recapitular brevemente sobre os acontecimentos que antecederam essa identificação, refletindo sobre o seu significado, e também, mencionando a respeito da razão de Jiba e sua relação com a salvação.
Após estabelecer-se como Sacrário de Deus-Parens, durante cerca de três anos e atendendo à intenção divina, a Oyassama passou a maior parte do tempo isolada no depósito interno da Residência, conforme consta no livro “Episódios da Vida de Oyassama - Minuta”. Em seguida, foi dando os pertences que tinha trazido com o casamento, depois, os móveis e demais objetos da casa, e foi se desfazendo dos bens da família Nakayama, obedecendo à vontade divina de descer completamente à pobreza. Em 1853, no 16º ano da revelação divina, coincidiram três acontecimentos: o retornamento do marido Zembee, a filha Kokan foi fazer o missionamento em Osaka e a casa principal foi demolida. No ano seguinte, em 1854, Oyassama entregou, pela primeira vez, a permissão do parto feliz e, em 1855, foi feito a retrovenda da última parcela de terra que ainda restava, cerca de um alqueire e um quarto, e, assim, Oyassama atingiu o auge da extrema pobreza. Isso foi no 18º ano da revelação divina.
Como está registrado na “Vida de Oyassama”, a permissão do parto marcou o início do caminho da salvação universal. Assim, as pessoas que tinham recebido a permissão vivenciaram excelentes graças e, uma após outra, as pessoas que vinham solicitá-la foram aumentando. Ainda, pouco a pouco, as pessoas ficaram sabendo que a Oyassama concedia a graça da salvação de enfermidades e esse boato foi se espalhando rapidamente, de boca em boca, a ponto da Oyassama ter que sair para atender aos pedidos de salvação em locais mais afastados. Desta forma, a partir do ano de 1861, 24º ano da revelação divina, aquelas pessoas que, posteriormente, tornaram-se yoboku, foram ingressando na fé e em 1864, tendo ao centro a figura do mestre Izo Iburi, que tinha acabado de se iniciar na fé, foi executada a construção do Local do Serviço. Portanto, após aproximadamente 25 anos desde que a Oyassama estabeleceu-se como Sacrário de Deus-Parens, pouco a pouco, as pessoas que, mais tarde, se tornariam o Pessoal do Serviço foram sendo atraídas, assim como o local para executar o Serviço foi construído.
Em 1866, nasceu na família Kajimoto, Shinnosuke, mais tarde Shimbashira I, e no outono do mesmo ano, Oyassama ensinou, pela primeira vez, a melodia e o movimento das mãos do Serviço Sagrado: “Ashiki harai tasuke tamae, Tenri-Ô-no-Mikoto” (Limpai os males e salvai-nos, Tenri-Ô-no-Mikoto). No ano seguinte, em 1867, ensinou os 12 Hinos em, mais ou menos, 3 anos e, em 1869, começou a escrever a Escritura Divina, sendo que em 1870, modificou o final de cada um dos oito versos iniciais da Escritura Divina e acrescentou no início dos 12 Hinos, como sendo o Hino Yorozuyo hasshu, além de ensinar a melodia e o movimento das mãos do “Tyoto hanashi (Uma palavra!)” . Ainda, três anos depois, em 1873, instruiu o mestre Izo Iburi para construir um modelo do Kanrodai e, no ano seguinte, em junho de 1874, foi até a família Maegawa para receber as máscaras de Kagura, as máscaras do Serviço Sagrado, cuja confecção já havia sido solicitada bem previamente. Em dezembro do mesmo ano ocorreu o nó do Palacete Yamamura em que a autoridade governamental afirmou: “Não existe Deus chamado Tenri-Ô” e proibiu a fé. Tem início, assim, o missionamento aos altos montes, ou seja, às autoridades, e Oyassama, a partir do dia seguinte, vestiu-se de quimono vermelho e, pela primeira vez, entregou o Dom do Sazuke para salvar os enfermos a quatro pessoas, dizendo: “Primeiro, concedo o Iki a Nakata. Segundo, o Nitamono a Matsuo. Terceiro, o Teodori com o espírito da idade de três anos a Tsuji. Quarto, o Kanrodai-Teodori, a Massui.” O Iki era o Sazuke do sopro; o Nitamono, o Sazuke do alimento cozido, o Teodori é o Sazuke do movimento das mãos (o atual Sazuke que recebemos) e o Kanrodai-Teodori, o Sazuke do movimento das mãos do Kanrodai.
No ano seguinte, 38º ano da revelação divina, no dia 26 de maio de 1875, deu-se a identificação de Jiba. Temos na Escritura Divina:
Ao andar no local limpo, onde os pés pararem, será o local do Kanrodai. (ED VIII 83)
Preparem firmemente o espírito para Jiba, o local a ser assentado o Kanrodai. (ED IX 19)
De acordo com estes versos, podemos observar que a identificação de Jiba tem uma estrita relação com o Kanrodai, pois é revelado o ponto, Jiba, onde deve ser assentado o Kanrodai.
Ainda, nesse ano, Oyassama ensinou a melodia e o movimento das mãos do “Itiretsu sumasu Kanrodai (O Kanrodai que purificará todos igualmente)” e o Serviço do Kanrodai ficou completo pela primeira vez, com todos os movimentos das mãos elaborados e, na sequência, ensinou também o movimento das mãos do Serviço Sagrado dos onze casos específicos.
Dois anos após concluir a melodia e o movimento das mãos, em 1877, Oyassama ensinou pessoalmente os três instrumentos femininos e três anos depois, em 1880, pela primeira vez foi executado o Serviço Sagrado juntamente com os instrumentos musicais. Ainda, no ano seguinte, portanto em 1881, foi iniciada a construção de pedra do Kanrodai, mas quando ficou pronto o segundo segmento, de um total de treze, ocorreu um fato imprevisto e a construção teve que ser interrompida. Ainda, no ano seguinte, em maio de 1882, os dois segmentos que estavam prontos acabaram sendo confiscados pela autoridade policial. Coincidindo com esse nó, o movimento das mãos permaneceu inalterado, mas o hino do Serviço Sagrado foi modificado: o trecho “itiretsu sumasu” foi alterado para “itiretsu sumashite” e o trecho “ashiki harai” ficou “ashiki o haroute”.
Observando a época em que foram registrados os capítulos da Escritura Divina, podemos notar que em 1874, portanto no ano anterior à identificação de Jiba, a Oyassama escreveu do capítulo 3 até meados do capítulo 6 e no ano seguinte, a continuação do capítulo 6 até o capítulo 11. Isto significa que, em 2 anos, ela deixou registrado mais da metade dos 17 capítulos. Portanto pode-se concluir que a identificação de Jiba, nesta caminhada rumo à conclusão do Serviço Sagrado, tem um significado muito especial e de grande importância.
Além disso, podemos afirmar que a Escritura Divina tem como tema central a conclusão do Serviço. Oyassama começou a escrever em 1869 e encerrou por volta de 1882, mas antes disso, já estava insistindo para que os mestres mais fervorosos da época elaborassem o Registro Kouki, isto é, a Oyassama queria que eles deixassem registrados no papel os ensinamentos que estava transmitindo verbalmente, e os primeiros registros datam do ano de 1881, um pouco antes da finalização da Escritura Divina. Alguns deles foram compilados pelo Shimbashira II, no livro entitulado, “Pesquisas do Registro Kouki” e eles são imprescindíveis para uma compreensão mais aprofundada sobre a “Razão da Origem”.
Por outro lado, a Oyassama com certeza sabia qual era o local exato de Jiba, onde deveria ser estabelecido o Kanrodai. Então, por que será que não deixou identificado desde o início? Sobre este ponto, justamente há 50 anos, no dia 26 de maio de 1975, quando foi realizada a cerimônia mensal dos 100 anos da identificação de Jiba, o Shimbashira III, que era o primaz mundial da época, em sua palestra, disse: “… durante 38 anos desde a revelação divina, portanto até 1875, o fato de não ter revelado o local, penso que estava aguardando a maturação espiritual dos filhos chegarem até ao ponto em que, ensinando às pessoas, estariam prontas para compreender. (…) Por ter sido ensinado, penso que, de qualquer forma, chegaram ao ponto de poder compreender.”
Ainda, nesta mesma palestra, instruiu sobre o significado de Jiba afirmando: “O que seria Jiba? O que seria o Kanrodai? Falando resumidamente, Jiba seria o ponto original de onde foram iniciados os seres humanos. Esse seria o local onde Deus-Parens se encontra estabelecido e o local onde nos concede as onipotentes providências; além disso, para sinalizar o ponto de Jiba é que o Kanrodai foi assentado.”
A partir desta orientação, podemos definir que Jiba é o ponto original de onde foram iniciados os seres humanos. Com relação a isto, temos na Escritura Divina os seguintes versos:
Até agora, não há quem conheça Jiba da origem, onde criei os seres humanos. (ED XVII 34)
Esta origem é exatamente o centro dos corpos do Izanagui e da Izanami. (ED XVII 6)
Nesse local, em Jiba, tenho criado todos os seres humanos do mundo. (ED XVII 7)
Ou seja, Jiba da origem é o ponto de onde teve início este mundo e também é o ponto original dos seres humanos. Na criação original, quando os seres humanos foram concebidos pela primeira vez, foi exatamente o centro do local em que se encontravam o casal Izanagui e Izanami e aí é o ponto onde todos os seres humanos do mundo foram iniciados.
Jiba é o local onde Deus-Parens se encontra estabelecido. Temos nos Hinos Sagrados os seguintes versos:
Embora estejam chamando este lugar de Jiba, Morada de Deus, em Yamato, não sabem a origem.
(HS Yorozuyo)
Em Shoyashiki, na fonte do sol, vai ser identificada Jiba da Morada de Deus. (HS XI, 1)
Morada de Deus significa o local onde Deus-Parens se encontra presente. Inclusive, no Hino V também aparece a palavra Jiba: “Aqui é Jiba original do mundo; o local extraordinário foi revelado.” e é a primeira vez que aparece nos textos originais. Foi escrito no ano de 1867, e o Hino Yorozuyo, apesar de vir antes dos 12 Hinos, como foi extraído dos 8 versos iniciais da Escritura Divina, foi escrito 2 anos depois; portanto em 1869.
Jiba é o local das onipotentes providências, ou seja, obteremos a salvação, qualquer que seja a enfermidade ou o problema circunstancial, pois é a fonte da salvação.
Dentre os Hinos Sagrados, é possível afirmar que o Hino V dá ênfase a “Jiba” e à “salvação”, pois temos os seguintes versos: “Segundo, Este é o local da salvação maravilhosa onde concedo a graça do parto e da varíola.”; “Sétimo, Não os deixarei sofrer de modo algum, este é o local da dedicação única à salvação.” Ainda, através do verso: “Nono, Aqui é Jiba original do mundo; o local extraordinário foi revelado.”, percebemos que a expressão “este é o local” refere-se a “Jiba original”. Portanto, podemos afirmar que é Jiba original da salvação maravilhosa e é Jiba original da dedicação única à salvação, ou seja, o ponto original motriz da salvação.
Em 1882, após a retirada das 2 pedras do Kanrodai, foi amontoado no local uma porção de pedras pequenas. As pessoas levavam essas pedras e esfregavam nas partes enfermas do corpo e obtinham curas extraordinárias. Para não diminuir as pedras, dizem que as pessoas levavam outras pedras bem limpas para repor. Ou seja, como as pessoas eram salvas de fato, acredito que, naquela época, muitas pessoas sentiam que Jiba era um local realmente extraordinário. Ainda, era uma época em que as autoridades estavam vigiando rigorosamente, portanto, além da reverência ser muito breve, ainda corriam o risco de serem presos. No entanto, não apenas as pedras, mas dizem que, quando chovia e formava poças de água em Jiba, se esfregasse essa água nos locais doloridos, recebia-se a graça da cura.
Naquela época, as pessoas podiam se aproximar de Jiba, mas atualmente isso não é possível. Então, será que já não se pode mais receber graças extraordinárias como antigamente? Não podemos nos aproximar de Jiba, mas atualmente podemos reverenciar o Serviço de Kagura. Reverenciar o Serviço Sagrado, que é o meio fundamental da salvação de todas as coisas, com seriedade e sinceridade é o que faz com que possamos receber as providências da salvação. Na Escritura Divina, temos:
Se Tsukihi aceitar ao menos o espírito sincero, assegurará toda e qualquer salvação. (ED VIII 45)
Tsukihi diz que assegurará qualquer salvação porque existe o Parens verdadeiro. (ED VIII 46)
Voltando novamente ao Hino V, temos: “Terceiro, Deus é tal como a água, lava completamente as sujeiras do espírito.”; “Quarto, Embora não haja quem não tenha ambição, perante Deus, não existe ambição.” e “Sexto, Esqueçam por completo o espírito cruel e tornem gentil o espírito.” A partir destes versos do Hino V, nos é ensinado sobre a importância de lavar completamente as sujeiras do nosso espírito. Ou seja, é a limpeza do coração. E essa limpeza é feita valendo-se do ensinamento de Deus-Parens. Deixar de lado o espírito ambicioso e o espírito cruel e fazer um esforço para tornar o espírito gentil.
Após a retirada das pedras do Kanrodai, foram escritos estes versos:
Se este pedestal ficar totalmente concluído, nada deixará de ser atendido. (ED XVII 10)
Até então, deverá ser feita a limpeza do coração de todos do mundo, até onde for. (ED XVII 11)
Portanto, é necessário sair realizando a limpeza do coração das pessoas do mundo inteiro e isso, creio ser tarefa principalmente de todos os yoboku.
Bem, no dia 26 deste mês, será realizada a grande cerimônia de outono e muitas pessoas estão previstas para regressarem a Jiba. Ainda, muitas outras pessoas estão se programando para regressarem tendo em vista o dia 26 de janeiro, para os 140 anos do ocultamento físico de Oyassama, mas muitas outras pessoas estão se preparando para o regresso em abril ou julho. Gostaria de aproveitar a ocasião do regresso de tantas pessoas para fazer algumas pequenas recomendações.
Como acabei de mencionar, Jiba é o local onde se obtém a salvação. É o local onde Deus-Parens, criador deste mundo e dos seres humanos, se encontra presente, assim como também é a terra natal da humanidade. Portanto Deus-Parens está esperando ansiosamente o regresso dos filhos. Sendo assim, durante a estadia em Jiba, temos que nos esforçar para manter o nosso espírito sempre bem-disposto, animado e repleto de alegria. Nas palavras da Oyassama, temos: “Jiba não é lugar onde se chora. Aqui é o local onde se fica contente.” (Episódios 105). Além disso, já que vão regressar a Jiba, favor reverenciar o Serviço de Kagura sem falta, no dia 26. Favor reverenciar o Serviço do Kanrodai, ou Serviço da Salvação, com o espírito de sinceridade e trazer de volta ao Brasil a razão de Jiba, as virtudes de Jiba, assim como a razão da salvação, as providências da salvação.
Certa vez, Oyassama explicou: “Dentre muitos filhos que vêm de regresso aqui, há quem arruma a bagagem e leva num carrinho. Há também pessoas que, embrulhando-a em grande lenço, vão carregando nas costas. Ainda, há pessoas que, enchendo-a num grande lenço furado, vão carregando nas mãos. Acabarão perdendo tudo até chegarem em casa.” (Episódios, 79)
Já faz um bom tempo, quando estava reverenciando a cerimônia mensal da Sede juntamente com a minha esposa, no piso inferior do recinto de reverência oeste, encontramos uma amiga depois de um bom tempo sem não nos vermos e começamos a conversar, para saber como estavam as coisas, entre outros assuntos. De repente, uma pessoa que estava perto disse, em tom severo e de forma bem enérgica, algo no sentido de que, se fosse para papear, era para sair dali, pois estávamos atrapalhando as pessoas que estavam reverenciando sinceramente. Ainda, essa pessoa olhou o nosso happi (jaleco) e, ao ver que nós estávamos servindo na Sede, ficou mais bravo. Ainda, disse algo como: “não têm vergonha na cara?”
Aquele foi um grande puxão de orelha de Deus-Parens que recebemos através daquela pessoa. Além de estar reverenciando sem conseguir receber a razão de Jiba, ou seja, sem acumular as virtudes da salvação, estava abrindo um grande buraco no próprio lenço, pois fizemos essa pessoa acumular poeira deixando-a irritada e fazendo-a se queixar com a nossa atitude, justamente o contrário do que a Oyassama deseja, quando ela diz: “Aqui é o local onde se fica contente”. E isso foi um grande aprendizado. Na hora doeu muito, mas posteriormente serviu como base.
No Hino VII, verso 8, dos Hinos Sagrados, temos: “Como a Residência é terreno de plantio de Deus, as sementes brotam todas.” Ao regressar a Jiba, o importante é nos esforçarmos para plantar boas sementes, pois se plantarmos más sementes, darão maus frutos, pois “as sementes brotam todas”. Por outro lado, isso significa que se dedicarmos a sinceridade, seja reverenciando com seriedade o Serviço do Kanrodai, seja praticando um hinokishin a mais que seja na Terra Parental, ou ainda, tomando atitudes e condutas que deixam as outras pessoas contentes, sem dúvida alguma, estaremos recebendo a razão de Jiba, estaremos guardando as virtudes da salvação no nosso lenço e não há nada mais gratificante e animador do que isso, pois será possível trazer essa razão de Jiba ao Brasil e usá-la na salvação das pessoas, pois a razão de Jiba é a razão da salvação.
Para finalizar, no dia 30 de novembro, 5º domingo, será realizado, em todas as regionais, o quinto e último evento do “Dia de Atividade de Todos os Yoboku”. Já comentei a respeito anteriormente, mas essa atividade é realizada em cada regional. Portanto aparenta ser uma atividade do yonomotokai, mas é promovida pela Sede da Igreja, pois é uma atividade para incentivar a união espiritual de todos os seguidores durante a atividade decenária rumo aos 140 anos do ocultamento físico de Oyassama. Em outras palavras, participar deste encontro é estar conectado a Jiba, é contentar a Oyassama. Desta forma, gostaria de contar com a participação de todos que estão presentes hoje, e também contar com o esforço de cada um para convidar as outras pessoas a participarem também.
Assim, encerro as minhas palavras da grande cerimônia de outubro. Muito obrigado pela atenção.
*é primaz da Sede Missionária do Brasil