Gina Yzumi Kijima
Faltando muito pouco para o dia 26 de janeiro de 2026, dia de celebrarmos os 140 Anos do Ocultamento Físico de Oyassama, a leitura ativa da Instrução 4 se faz muito necessária.
A Instrução 4 foi anunciada na Grande Cerimônia de Outono da Sede, em 26 de outubro de 2022, escrita e lida pelo primaz mundial, reverendo Zenji Nakayama, Shimbashira.
Após a leitura, o Shimbashira fez a explicação sobre o significado da celebração do decenário do ocultamento físico de Oyassama, que, pelo desejo único de apressar a evolução dos filhos, encurtou o tempo de vida que ainda tinha pela frente.
“Naturalmente, há pessoas que não sabem o significado e nem o sentimento com qual devem se dedicar. Até mesmo para unir e harmonizar o espírito de todos os seguidores do Caminho, as pessoas que ainda não sabem o significado do decenário devem buscar esse conhecimento. Gostaria que utilizassem esta ‘Instrução’ como material para que todos fiquem com sentimento de caminhar ativamente no sentido de corresponder à intenção do Parens.” (Shimbashira)
Um movimento coletivo e universal de tamanha importância somente foi possível pela intenção de Tsukihi, de avançar em direção ao mundo, abrindo o portal de seu sacrário através do ocultamento físico de Oyassama, iniciando a razão da Oyassma eternamente viva.
“Significa que, tornando-se uma alma, ela percorrerá o mundo salvando as pessoas. (...) Como a alma de Oyassama permanece residindo na Residência original. Quando os yobokus, que receberam o Dom do Sazuke de Oyassama, fazem a oração em frente aos enfermos, Ela estará trabalhando, percorrendo todo o mundo.” (Aulas Sobre a Vida de Oyassama, Yuji Murata)
A Instrução 4, além de expressar o desejo do Shimbashira de promover a união espiritual de todos os seguidores do Caminho, é o que nos guia, nos ensina e nos corrige com base nos ensinamentos do Parens - uma instrução divina, que nos direciona a corresponder ao imenso amor maternal concretizado e materializado nos 50 anos da vida-modelo.
“Se não trilharem o caminho da vida-modelo, não será necessária a vida-modelo (...) Não há outro caminho a não ser o da vida-modelo.”
(ID de 7 novembro de 1889)
Apesar de encontrar em cada palavra da Instrução 4 a motivação necessária para a composição do espírito e postura diante dessa época oportuna, “trilhar o caminho da vida-modelo” é um caminho. É o caminho para as adversidades da vida e inerentes à existência humana, sejam eles de origem interna (nossos) ou externa (dos outros). É o caminho de resposta às adversidades, isto é, a resiliência, que nas palavras da poetisa Cora Coralina é “Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.” O caminho da vida-modelo é o caminho.
A fé deve se manifestar pela prática, na prática, naquilo que somos e fazemos todos os dias, com ética, sem dogmas ou poder, nos impulsionando sempre para o bem e desejando, acima de tudo, corresponder ao desejo do Parens.
(Gina Yzumi Kijima)