Débora da Rosa
Meu nome é Débora da Rosa, sou casada com o Tarles e temos 3 filhos: Zion, 4 anos, Robert, 2, e Tito de 5 meses.
Nós nunca imaginávamos que um dia teríamos a vontade e o prazer em seguir um ensinamento religioso. Antes da Tenrikyo, visitávamos igrejas, conhecíamos outras doutrinas e dizíamos que todas são ensinamentos de Deus. Porém, quando viajamos ao Japão, sentimos o chamado de Deus. Em 2026, a razão da origem de nossa fé completará dez anos.
No meio de um passeio no Japão, eu e o Tarles estávamos em uma discussão tensa, sem solução e decidimos que iríamos nos separar. Estávamos casados há três meses. Abaixei a cabeça, chorei e falei do fundo do meu coração com Deus. Então, Deus nos colocou o colombiano Gustavo em nosso caminho.
Gustavo era praticante do ensinamento há mais de sete anos e não perdeu tempo em fazer a divulgação: “Na minha religião, a coisa mais importante é o casal, pois somente através dele haverá uma nova vida!” Sem sequer saber de nossa discussão, com apenas uma frase, tocou no fundo do meu coração. Depois, ele nos chamou para uma incrível conversa, o que mudou totalmente rumo de nossas vidas.
Fomos conduzidos a Jiba e lá, aceitamos o convite de ouvir as preleções de Besseki. Após alguns dias, já estávamos totalmente imersos em um novo mundo, com muito mais sentido e alegria. Tivemos vários exemplos de como poderíamos ajudar os outros, mas não sabia o que podia fazer.
Após os estudos, aprendi que uma palavra pode salvar uma pessoa; que uma oração pode curar uma doença; que atitudes de hinokishin, além de ajudar o próximo, também pode me salvar; e, que a minha fé poderia me levar a muitos lugares.
Em agradecimento, fizemos a determinação de visitar as principais igrejas do mundo. Marcamos no mapa e começamos a fazer planos. Nosso maior desejo era ter filhos. Quando fizemos a determinação, já tínhamos o Zion e, logo depois da determinação, descobrimos que o Robert estava a caminho. Mesmo assim, conseguimos visitar algumas igrejas no Brasil, três no Paraguai e uma na Argentina.
Em outubro do ano passado, recebemos a visita do reverendo Machida, da Igreja Koshiji (Igreja-Mor Niigata) e um acompanhante, mais do Gustavo e amigos da casa de divulgação da Colômbia. Com grande alegria e sentimento de gratidão, foi consagrado o símbolo de Deus-Parens em nossa residência. Na ocasião, consultamos o reverendo Machida se o altar poderia ser móvel, pois temos um estilo de vida nômade, e ele respondeu: “Se for a vontade de Deus, acontecerá.”
Como sempre, no dia da consagração também conversei com Deus: “Esta é a sua casa, mas gostaríamos muito que pudesse estar sempre junto em nossas viagens. Se for a sua vontade, transforme ela em um motor home.” Logo, vieram grandes surpresas: estava gestante do terceiro filho e, em dezembro, recebemos uma proposta na nossa casa. Como parte do pagamento, o comprador ofereceu um motor home e, em janeiro, tudo se concretizou. Vimos que era mais uma prova de que estávamos seguindo o caminho certo.
Eu já questionei muito o ensinamento, mas Deus-Parens também já me provou que eu só tenho que agradecer e seguir em frente. Depois de consagrarmos o altar em casa, Deus passou a nos lapidar mais, como quem diz: “Agora você também é um exemplo e espelho de mim, então vamos limpar bem esse espírito!”
Ficamos um pouco decepcionados por ainda não concretizarmos a nossa determinação espiritual. Entretanto, o amor de Deus-Parens nos mostrou que é preciso ter paciência e gratidão por tudo que tínhamos, principalmente os nossos filhos.
Tito nasceu com alergia à proteina do leite e os três primeiros meses foram difíceis. Isso nos fez refletir sobre coisas que precisávamos melhorar: para que o nosso espírito brilhe aos olhos de Deus e para que também possamos ter a compreensão mútua. Após três ministrações de Sazuke do Tarles, Tito ficou completamente curado.
Hoje, estamos praticando, aquietamos um pouco e nos concentramos em cuidar da família e dos que estão por perto. O sonho (determinação) ainda não acabou, mas vamos realizá-lo. Com mais gratidão por tudo que estamos passando no dia a dia, tendo fé de que Deus está nos conduzindo pelo caminho que nem sempre é o desejado ou o mais prazeroso, mas sim, o que fará a diferença em nossa vida.